domingo, 28 de abril de 2013

Sobre Trolagem e Idiotas na Internet



Não é novidade que o mundo está repleto de idiotas. Violência espalhada por todo globo, destruição do meio ambiente e até as nascentes de água destruímos. Em alguns países desenvolvidos a expectativa de vida, pela primeira vez depois de séculos, está diminuindo. Estamos menos capazes que nossos avós para saber viver com qualidade e de maneira inteligente.

Nas relações humanas não é diferente. Nas últimas décadas o isolamento e o individualismo crescem, assim como o número de divórcios causados pelas redes sociais. O ser humano não está sabendo se adaptar de maneira saudável às novas tecnologias.

O bullying não é um fenômeno novo e o mundo virtual é um campo fértil para sua proliferação. O anonimato na rede permite a expressão das mais recônditas áreas obscuras do indivíduo.

Precisamos compreender que as pessoas expressam aquilo que contém. Quem tem sabedoria, expressa sabedoria, quem tem música a expressa, quem tem ignorância a manifesta e quem tem ódio o libera.

No youtube quando fazemos um vídeo, temos a chance de conhecer um pouco da mente de muitas pessoas. Lemos de tudo nos comentários, de elogios e flertes até os mais odiosos tipos de ofensas.

Muitos que produzem vídeos querem visualizações. Não são raros os que fazem de tudo para aparecer, desde vídeos apelativos e esdrúxulos ou com conteúdo agressivo e repugnante, até comentários engraçados, criativos ou ofensivos. É a busca desesperada por atenção.

O que torna um vídeo popular são os “likes”, as partilhas e a quantidade de comentários. Então para quem produz conteúdo mais profissionalmente é muito importante receber comentários. O PC Siqueira, por exemplo, já fez um vídeo onde agradece muito seus “haters” e afirma que só foi graças a eles que conseguiu comprar seu apartamento novinho em folha. Haters são mais fiéis e ativos do que o público normal e saudável.  Ou seja, quem quer ter algum sucesso no youtube precisa se acostumar aos haters e seus comentários depreciativos, pois afinal eles só significam mais audiência.

Aos poucos, vamos aprendendo a ignorar ofensas e a concentrar nosso tempo e energia somente na qualidade do conteúdo que produzimos. Até mesmo muitos elogios temos que ignorar. Apesar de alguns produtores de conteúdo se sentirem estimulados com eles, é humanamente impossível responder  todos os comentários de um vídeo de sucesso.

Repare que quem produz conteúdo regularmente, costuma não responder comentários, não porque não gosta deles, pelo contrário! Sejam positivos ou negativos os comentários ajudam na divulgação do vídeo. Só que se o produtor ficar perdendo tempo respondendo elogios ou se defendendo de ofensas, só vai ficar estressado, acelerar o envelhecimento, fragilizar a própria saúde e provavelmente terá menos concentração pra produzir conteúdo de qualidade.

Um ser humano que destrói sua própria fonte de água é o que? Idiota ou doente? Na verdade, seja pura ignorância, seja doença mental, é Ponto Pacífico que o que precisamos fazer é exatamente não promover, nem facilitar a expansão da idiotização.

Não perca seu tempo excluindo comentários ofensivos, nem bloqueando usuários idiotas ou doentes. Lembre-se: quanto mais comentários melhor!

Use sua inteligência e energia para produzir conteúdo interessante. Se pessoas usam o tempo delas de maneira idiota ou inútil, o azar é delas. Não dê a elas aquilo que elas mais buscam: sua atenção!

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Redução da Maioridade Penal?

Mesmo que ninguém concorde comigo, silenciar não posso. Deixo então, mais uma vez, minha reflexão sobre a questão da maioridade penal. 

Em momentos de comoção, impulsivamente, há tendência pela punição e vingança. Mas é sempre bom lembrar que apenas punição, historicamente, nunca resolveu o problema da violência em lugar algum.

Temos que ter maturidade para reconhecer que nossa cultura está doente e produzindo criminosos. Construir uma cultura e uma sociedade saudável é a solução e não apenas mais punições e presídios.

Quando se estuda o mapa da violência nos bairros de São Paulo se constata que é nas áreas periféricas que se concentra a violência.
Tem gente que daqui a pouco vai começar a pregar bombardeio sobre áreas pobres, extermínio... Ao invés de bibliotecas, piscinas, quadras, centros culturais, teatro... É triste ver tanto ódio e ignorância.

Ao invés de políticas que emancipem e desenvolvam as áreas violentas, só se fala em punição!

Será que não é mesmo óbvio que é mais inteligente nos concentrar para resolver AS CAUSAS do problema???

Imaginem que se mate, de forma medieval, o infeliz que assassinou o estudante. Iríamos com isso resolver o problema da violência? Teríamos que punir da mesma forma outros milhares de infelizes? Isso não parece nazismo???

Outros, menos radicais, pregam "apenas" a prisão perpétua para o menor infrator...

No dia em que mudarmos o tom de "bandido bom é bandido morto" para "vamos levar emancipação para as áreas violentas" aí sim estaremos começando a pensar em solucionar as causas do problema.

Sempre tem aquele que comenta: "ah, mas queria ver se fosse com um filho teu...". A resposta é óbvia: É justamente porque quero um lugar seguro para os filhos que penso sobre as causas do problema. Afinal, o que adiantaria prender um criminoso se nossa cultura tem produzido tantos mais?

Eu sei que é mais trabalhoso defendermos a formação de pessoas saudáveis, com mentes sãs. Mas é Ponto Pacífico que é só aí que está a solução.

Muitos criminosos têm moradia, família e comida e partem para o crime em razão da ânsia incontrolável pelo materialismo. Isso, a gente mais cedo ou mais tarde também vai ter que encarar.

Muitas vezes, nossa tv, cinema, revistas e até igrejas, só ensinam que o sentido da vida é ter. Alguém ainda acredita mesmo que vai ser possível acabar com a violência se continuarmos com valores tão fúteis?

Não precisamos de mais presídios, nem de redução de maioridade penal, precisamos colocar o foco na saúde mental das pessoas, de cidades humanas, bairros dignos e pessoas saudáveis.

Pessoas realmente saudáveis, dignas e felizes não são violentas.



Vídeo de 2012 onde já tinha abordado o tema